terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mediunidade, loucura e estados alterados de consciência.

                         
                                           Sim, existe muita diferença. Mediunidade não é desordem mental. Olha só:
PARTE PSICOLÓGICA:
Na desordem psiquiátrica, a pessoa mostra incapacidade de fazer amigos e de ter relacionamentos sexuais íntimos. A pessoa até tenta estabelecer contatos e  interagir socialmente, mas com  muita dificuldade e sofrimento envolvidos. Este quadro geralmente  aparece na primeira infância (distúrbio bi-polar  apresenta seus sinais mais claros depois dos trinta anos)
Na condição mediúnica, a pessoa tem habilidade em interagir socialmente, tem capacidade de manter relacionamentos, inclusive íntimos (e por que não?).
Na desordem psiquiátrica, a pessoa não tem coerência na forma do pensamento, não consegue manter uma linearidade de assuntos.
Na condição mediúnica, a pessoa tem lembranças da vida dela coerentemente e consegue estabelecer linearidade nos fatos (“lembro que tinha um garoto na escola, a mãe dele gostava de mim, ele me seguia pelo recreio, as meninas tiravam sarro por causa disso, etc...".).
Na desordem psiquiátrica, a pessoa tem episódios catatônicos (não fala, não reage, não se move), agressividade  e/ou comportamento manipulador. Esses episódios imprevisíveis e alternados impedem a interação normal entre ela e outras pessoas.
Na condição mediúnica, a pessoa consegue estabelecer cooperação dentro de uma situação qualquer e consegue falar sobre suas experiências, quaisquer  que sejam.  O que não significa  sair contando detalhes sobre tudo para todo mundo.
Na desordem psiquiátrica, a pessoa não consegue distinguir entre uma experiência interior do mundo exterior. Projeta a culpa excessivamente.
Na condição mediúnica, a pessoa tem consciência do que é  experiência interior e exterior. Sabe dizer o que foi um sonho e o que aconteceu realmente, mesmo se a gente ficou bêbado.
Na desordem psiquiátrica  a pessoa  enxerga, com freqüência, o mundo  e todas as pessoas como perigo e manifestam delírios de perseguição, escutam vozes que sempre falam sobre coisas desagradáveis e ameaçadoras.
Na condição mediúnica, a pessoa não tem essa sensação de perseguição constante e não tem desconfiança de todos (exceção feita para as sogras, exes de todos os tipos e políticos)
Na desordem psiquiátrica, a pessoa  tem impulsos autodestrutivos, suicidas e autoflagelador. Elas se machucam fisicamente, tem acessos onde agridem pessoas e esses episódios não tem razão aparente para acontecerem.
Na condição mediúnica, a pessoa observa regras como não se machucar ou aos outros e, quando tem idéias autodestrutivas e/ou suicidas (todo mundo tem direito a cinco minutos de tudo, por dia) consegue falar sobre elas e aceitar medidas de autotransformação e cautela (alguém, por favor, afaste o ex daqui? Tirem os objetos  de perto ou me levem para passear!).
Na desordem psiquiátrica, a pessoa tem comportamentos, alternados ou contínuos, de negligenciar a saúde,  recusando-se a beber ou comer e até de seguir regras básicas de higiene.
Na condição mediúnica, a pessoa pode esquecer-se de tomar banho depois de andar 20 km a pé, mas ela corrige esse fato assim que descansa o suficiente para parar de ofegar e sentir o próprio cheiro. Ela come e bebe, mas pode fazer dietas para emagrecimento também, ou de engorda, se preferir.

CRITÉRIOS DE NATUREZA MÉDICA
Na desordem psiquiátrica, os exames clínicos e os testes de laboratório detectam doenças físicas que podem causar, principalmente  na química cerebral, mudanças psicológicas.
Na condição mediúnica não. Você quer que alguém ache alguma coisa em você, dê uma pílula maravilhosa e tudo fique bem. Mas não, você é normal,  um pouco de gastrite, pressão baixa, pouco açúcar no sangue, mas nada que um descanso não ajude. Argh!
Na desordem psiquiátrica, testes psicológicos mostram a debilitação orgânica do cérebro, debilitação do intelecto e da memória, além de problemas na comunicação, da fala, da estruturação da frase e de orientação básicas de tempo (Que dia é hoje? Que horas são?)
Na condição mediúnica, se você não perguntar coisas ao médium logo depois de uma ressaca ou assim que ele acorda e não chegou na xícara de café, ele sabe o dia, a hora e vai lembrar-se do chato que fez essas perguntas.
                      Desordens psiquiátricas  são aquelas 'fisicamente' identificáveis. Esquizofrenia por exemplo. O problema da psicose é : nem o termo é absoluto. Na psiquiatria, a psicose ainda não está definida de modo exato. Em princípio é tudo  que inclua estado de paranóia, alucinações acústicas hostis e delírios de perseguição. Embora muitas pessoas não saibam, infecções, intoxicações, desordens de metabolismo, tumores, distúrbios circulatórios e certas doenças degenerativas são possíveis causas primarias de desordens psiquiátricas.
                      Depois, na sociedade atual, onde regras sociais estão em gritante transformação está difícil dizer o que é 'normal'.
                       Estado alterado de consciência abrange desde uma experiência com drogas alucinógenas, a fúria que muitos homens usam de recurso jurídico depois de matarem a mulher por ciúmes, e a  exaltação vista comumente em rituais religiosos. Um médium pode ser apenas médium e não ter tido episódios de estado alterado de consciência, ou pode ter tido vários. Aliás, esquizofrênicos podem  entrar em estado alterado de consciência 'espontaneamente' ( em aspas pois sempre existe um gatilho que dispara esse transe), ou fazer a péssima escolha numa festa e usar ecstasy, entrando em outro tipo de estado alterado.
                        Como saber a diferença?  Todo mundo diz que um louco reconhece o outro louco. Com certeza um médium treinado reconhece as 'marcas' de outro médium. Sempre é bom, quando em dúvida, procurar ajuda médica, no caso de drogas e-ou alterações psíquicas. Aí entra outro problema: médicos convencionais irão lhe dar um diagnóstico baseado no que estudam. Se você procura um diagnóstico, para si ou para alguém da sua responsabilidade, de todos os trabalhos que estudei, procure um médico psiquiatra cuja linha de trabalho seja 'transpessoal', como é conhecido no meio. O trabalho do psiquiatra Dr. Stanislav Grof e sua mulher Christina( nos E.U.A, mas existem no mundo todo psiquiatras e psicólogos que seguem essa linha), é, para mim, o método mais eficiente para acompanhar médiuns e aqueles que apresentam patologias psiquiátricas, também os que tem os dois. Sou a favor de que todo individuo faça pelo menos 5 anos de terapia.
                          Médiuns treinados conseguem distinguir os sinais visíveis na áurea (campo magnético que envolve o corpo humano) e saber à que se referem. Então um médium trabalhado e responsável nunca lhe diria para não ir ao médico, mas seria uma ferramenta a mais para reforçar o diagnóstico. Se a  desordem psiquiátrica foi descartada e as  "gentes mortas" continuarem lá, bem vindo ao clube nada seleto de gente que vê gente morta! Volto a dizer que é possível ser feliz, com algum empenho no treino que você deve receber. Olhe o lado bom:  é apenas um mundo mais amplo, mais raças envolvidas, mais dimensões, mais regras, menos tempo de descanso, mais superiores,... não é lindo?